ATA DA QUADRAGÉSIMA QUARTA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 20-5-2010.

 


Aos vinte dias do mês de maio do ano de dois mil e dez, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Adeli Sell, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Dr. Raul, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, Juliana Brizola, Luiz Braz, Maria Celeste, Nelcir Tessaro, Paulinho Rubem Berta, Reginaldo Pujol e Toni Proença. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Thiago Duarte, João Carlos Nedel, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Nilo Santos, Paulo Marques, Pedro Ruas, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 436545, 436746, 436816, 437018 e 437078/10, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Após, o senhor Presidente convidou todos para o 7º Churrascão, a ocorrer no dia vinte e nove de maio do corrente, no Centro de Eventos Casa do Gaúcho, em homenagem ao décimo segundo aniversário do Rotary Club de Porto Alegre Iguatemi e ao décimo terceiro aniversário da Loja Maçônica Obreiros da Caridade 148. A seguir, o senhor Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, à senhora Maria da Conceição Nogueira Pires, Presidenta da Federação Gaúcha de Clubes Sociais, Esportivos e Culturais – FEDERACLUBES –, que discorreu sobre a importância da valorização do clube social no contexto cultural esportivo da atualidade. Também, nos termos do artigo 206 do Regimento, os vereadores João Bosco Vaz, Alceu Brasinha, Dr. Raul, Adeli Sell, Luiz Braz, João Carlos Nedel, Reginaldo Pujol, Airto Ferronato e Toni Proença manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna Popular. Em prosseguimento, o senhor Presidente concedeu a palavra à senhora Maria da Conceição Nogueira Pires, para considerações finais sobre o tema em debate. Às quatorze horas e quarenta e três minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às quatorze horas e quarenta e quatro minutos, constatada a existência de quórum. Após, por solicitação do vereador Paulinho Rubem Berta, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma ao senhor José Praxedes dos Reis, falecido no dia de hoje, tendo-se manifestado a respeito o vereador Dr. Raul. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores João Antonio Dib, Pedro Ruas, este pela oposição, João Bosco Vaz, Alceu Brasinha, Airto Ferronato, Paulinho Rubem Berta, Bernardino Vendruscolo e Reginaldo Pujol. Em COMUNICAÇÕES, pronunciaram-se a vereadora Sofia Cavedon e os vereadores Toni Proença, Sebastião Melo, este em tempo próprio e em tempo cedido pelo vereador Idenir Cecchim, e Reginaldo Pujol. Na oportunidade, por solicitação do vereador Pedro Ruas, foi efetuada verificação de quórum, constatando-se a existência do mesmo. Também, em face de Questões de Ordem e manifestações formuladas pelos vereadores Pedro Ruas, Airto Ferronato e Sebastião Melo, o senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca da tramitação, neste Legislativo, do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 005/10 (Processo nº 2003/10). Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 008/10, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 005/10, discutido pelo vereador Sebastião Melo, e o Projeto de Lei do Executivo nº 013/10; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 004/10. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pelo Governo, pronunciou-se o vereador Sebastião Melo. Às dezesseis horas e quatorze minutos, nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para Sessão Extraordinária a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Nelcir Tessaro e Mario Manfro e secretariados pelo vereador Bernardino Vendruscolo. Do que eu, Bernardino Vendruscolo, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada por mim e pelo senhor Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): A Maçonaria e o Rotary, de mãos dadas, promovem o 7º Churrascão no Centro de Eventos da Casa do Gaúcho, em homenagem aos 12 anos do Rotary Club de Porto Alegre Iguatemi e aos 13 anos da Augusta e Respeitável Loja Maçônica Obreiros da Caridade 148. Convidamos todos os senhores e as senhoras a estarem presentes a esse evento, que se realizará no dia 29 de maio de 2010, a partir das 10 horas.

Passamos à

 

TRIBUNA POPULAR

 

A Srª Maria da Conceição Nogueira Pires, Presidente da Federação Gaúcha de Clubes Sociais, Esportivos e Culturais, a Federaclubes, está com a palavra para tratar de assunto relativo à valorização do clube social no contexto cultural e esportivo na atualidade pelo tempo regimental de 10 minutos.

 

A SRA. MARIA DA CONCEIÇÃO NOGUEIRA PIRES: Nossa saudação ao Presidente da Câmara, Ver. Nelcir Tessaro; a todos os nossos queridos Vereadores; à Diretoria da Federaclubes, aqui presente; às senhoras e aos senhores! É com muito orgulho que lhes falo, em nome da Federação Gaúcha de Clubes Sociais, Esportivos e Culturais, dos nossos 19 anos de existência. Gostaria de falhar-lhes a respeito da importância do clube.

Antes, porém, vamos fazer uma comparação entre um clube e uma empresa normal. Uma empresa normal tem o seu presidente, tem os seus funcionários, tem o alto escalão da empresa, tem o produto final e o lucro, que é palpável. E a nossa Federação, assim como o clube, é uma empresa de igual importância, porém o seu produto final não é palpável, porque o seu produto final é a felicidade, é o bem-estar, é a capacitação física, é a felicidade de um povo - por que não dizer assim? É no clube que o associado encontra toda a possibilidade cultural, a possibilidade do exercício físico tão falado, tão conclamado por toda área da Saúde para que se tenha uma longevidade maior. O clube é uma empresa que gera lucro, que gera benefício, que gera emprego. Quantas são as pessoas que trabalham nos clubes? Quantas são as pessoas que mantêm suas famílias em função do trabalho que realizam ali? A cada campeonato num clube, a cada festa, a cada movimento de um clube, nós temos “n” empresas tendo lucro: temos restaurantes, temos táxis, temos cabeleireiros, temos economatos. Quantas pessoas ali estão felizes por terem os seus empregos? O clube abre as suas portas, gera emprego e gera um produto fantástico - a felicidade. Sobre isso, eu usaria um termo utilizado na Física que é chamado resiliência. A resiliência é a pressão sobre a matéria. Quando a pressão sobre a matéria é muito grande, há rachaduras num prédio, porque a pressão é grande, e o prédio não aguenta. Quando a pressão é muito grande sobre o ser humano, ele também não aguenta, ele quebra como um vidro, e as doenças chegam, porque a ele faltam momentos de lazer, de esporte, momento em que ele pode ter confiança em si próprio. E quantos foram os atletas formados pelos nossos clubes? E quantas vezes esses atletas se tornam mundialmente conhecidos? Onde está o clube que os formou? Ninguém sabe, não é contado, não é falado.

Por isso, senhores, eu gostaria de deixar uma mensagem a todos os senhores, que têm a felicidade de ter recebido do nosso povo a missão de governar por eles, a missão de decidir por eles. E, como parte desse povo, eu diria aos senhores que os clubes estão precisando, sim, de mais ajuda, precisam ser mais acreditados. Quantos são os clubes em que o seu presidente trabalha gratuitamente? Diferente do presidente de uma empresa, que deve ganhar e ganhar muito bem. Nós, presidentes de clubes, da Federação e de todas as Diretorias, trabalhamos por amor. Imaginem se todos os senhores trabalhassem por amor, sem ganhar nada - e sei que o fariam, tenho certeza, porque abraçaram uma causa, e não foi só por um salário, não foi só em troca de valores econômicos, e sim de valores muito superiores, que são os valores da formação de um povo, de uma pátria, de um Município.

Deixamos aqui, hoje, no nosso aniversário, um pedido aos Srs. Vereadores: acreditem mais no clube social, acreditem mais nesta Federação, que está aqui para trazer melhoria ao povo. Quantos e quantos dos senhores frequentam clubes e sabem que estou dizendo a mais pura verdade? A Federaclubes ainda não teve, nesses 19 anos, a felicidade de ter uma sede, o nosso endereço é o do clube, estamos ora aqui, ora ali. E agora estamos sendo recebidos pelo nosso querido Teresópolis Tênis Clube, ao qual, de público, agradeço pelo carinho. E não é só um recebimento do tipo “pegas uma sala e fica aí”; não, é um recebimento de braços abertos, com tudo de que precisamos. Então, senhores, ajudar o clube faz parte da vontade de ver o povo feliz. Agradeço por esta oportunidade e espero que não esqueçam aquele pedido que eu estou deixando aqui em nome de todos os clubes: precisamos ter uma sede, precisamos ter um endereço, porque, através desse endereço, teremos o respeito, porque quem não tem endereço também não tem nome, não tem identidade. Muito obrigada, desejo uma boa tarde a todos.

 

(Não revisado pela oradora.)

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Convido a Srª Maria da Conceição a fazer parte da Mesa.

O Ver. João Bosco Vaz está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Presidente Professora Maria da Conceição; demais integrantes da Federaclubes que aqui estão - a Marlene, o Juarez, o Ilo Coutinho, o Herbert Benck, Professor Neco, o João, que nós carinhosamente chamamos de “primeiro-damo” da Federaclubes -, quero fazer a minha saudação, nesta data importante, pelo trabalho, Professora Maria da Conceição, que a Federaclubes vem desempenhando junto aos clubes sociais e esportivos de Porto Alegre, do Rio Grande do Sul, com várias ações sociais - isso é importante.

Quando Secretário de Esportes, eu, pessoalmente, tive muita aceitação em relação ao Projeto Social Esporte Clube: temos gratuitamente, nos clubes, graças à Federaclubes, mais de quinhentas crianças fazendo esporte gratuitamente, some-se a isso o trabalho que os senhores e as senhoras fazem. E, para a tranquilizar, a senhora sabe, este Vereador, juntamente com o Ver. Dr. Raul, está gestionando essa questão da sede. Já tivemos um encontro com o Prefeito Fortunati, no qual a senhora esteve presente, para tratar da questão do terreno para a sede da Federaclubes. Tranquilize-se, porque o Dr. Raul e eu estamos encaminhando junto à Prefeitura. Parabéns a todos.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, Professora Conceição... Professora Conceição, como gostamos e achamos bonito a chamar! É um motivo de alegria a sua presença aqui; a sua intervenção, o seu trabalho, a sua perseverança nos contentam. Quero dizer que nós, principalmente a Bancada do PTB, ficamos muito satisfeitos com V. Sª, que tem esse trabalho bonito, um trabalho de dedicação, um trabalho que deve ser elogiado não só hoje, mas outras vezes, em outros dias.

Quero também dar parabéns, Professora Conceição, pela sua grande luta, grande atividade, que a senhora continue com esse trabalho bonito. Pode ter certeza absoluta de que a senhora só nos faz ficar cada vez mais cheios de felicidade, principalmente o meu Partido, o PTB, com o Ver. DJ Cassiá, o Ver. Nilo Santos, o Ver. Nelcir Tessaro, o Ver. Maurício Dziedricki. Saiba que gostamos da sua intervenção, gostamos muito, mesmo que seja um dia muito triste para mim hoje, porque ontem eu sofri muito, Ver. João Bosco; V. Exª sabe, eu estava lá. Quero dar meus parabéns por sua chegada; muito grato, tenho muita alegria... (Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

(Não revisado pelo orador.)

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Dr. Raul está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. DR. RAUL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, nossa grande amiga Conceição, Professora que preside a Federaclubes, todos que aqui comparecem, amigos de clubes, do Lindoia, do Teresópolis, enfim, da própria Federação. Manifesto-me no sentido de dizer o quão é importante o clube para as pessoas que lá convivem. Eu sou uma daquelas pessoas formadas dentro de clube, praticando esporte, tendo amizade dentro de clube, procuro que a minha família também tenha esse tipo de integração.

A valorização dos clubes sociais ou recreativos é fundamental para toda a nossa sociedade, e isso passa pelos 19 anos da Federaclubes, que, na realidade, abraça clubes centenários. Temos vários clubes na nossa Capital que já estão chegando a cento e cinquenta anos de idade. São clubes de grande procura, de grande ação social, como, por exemplo, o Grêmio Náutico União, o Leopoldina Juvenil, o Grêmio, o Inter, a Sogipa, entre tantos. Quero dizer da minha parceria a todas as causas da Federaclubes, até porque milito muito nessa área dos clubes, já tendo sido Presidente do Petrópole Tênis Clube e enfrentado as dificuldades que todos os presidentes de clubes, tenho certeza, enfrentam no dia a dia.

Gostaria deixar o nosso abraço a vocês. Deixo o nosso empenho em relação às causas da Federaclubes: na questão do terreno, na questão de toda relação social que abraça os clubes, as pessoas, enfim. A nossa sociedade, quanto mais frequentar os nossos clubes sociais, mais esporte, mais amizade, mais integração terá. E eu, como médico, tenho que dizer que mais saúde, com certeza, todos nós temos e teremos em função dos nossos clubes. Deixo um grande abraço. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Adeli Sell está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. ADELI SELL: Meu caro Presidente; nossa parceira de hoje, Srª Maria da Conceição Nogueira Pires, da Federaclubes; nós, da Bancada do Partido dos Trabalhadores, queremos dizer que somos solidários com toda e qualquer luta da Federação Gaúcha de Clubes Sociais e, em especial, damos um destaque aos pequenos clubes. Achamos, inclusive, que deveríamos fazer aqui um grande movimento para que o Governo Municipal, o Governo do Estado e a União olhassem para esses clubes, que são um lugar de encontro de muitas e muitas comunidades, que ali têm uma forma de se encontrar, de ter lazer, cultura e entretenimento. Vários clubes abrem suas portas para cursos, para aperfeiçoamento, como na área do artesanato, e sei inclusive da questão da própria informática para a terceira idade. Por isso, achamos louvável sua visita, é bom que a senhora tenha vindo à Câmara Municipal para que possamos tratar desse tema. Eu solicito, já em Requerimento ao Sr. Presidente desta Casa, o envio das notas taquigráficas à Secretaria Municipal de Cultura, à Secretaria Municipal de Educação e à Secretaria Municipal de Esportes, em especial, assim como às devidas Secretarias em nível estadual, para que todos conheçam o conteúdo da sua fala e a posição de todas as Bancadas aqui. Falei em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, o PT.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Luiz Braz está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Professora Conceição, é um prazer imenso recebê-la na Casa do Povo de Porto Alegre. Quero cumprimentá-la, porque V. Sª pertence a um segmento que teve de ultrapassar uma crise muito grande, porque as pessoas, voltadas a superar as suas próprias crises particulares, pessoais, domésticas, acabaram abandonando os clubes. Sei que os clubes tiveram realmente um trabalho muito grande para fazer novamente com que as pessoas entendessem o seu valor, e, a essa altura dos acontecimentos, nós notamos que os clubes começam a recuperar o seu lugar dentro da sociedade. Isso se deve à grande luta que vocês e que todos fizeram para que isso pudesse acontecer. Quero cumprimentá-la e dizer que a Casa do Povo de Porto Alegre se sente honrada com a sua presença e a das pessoas que aqui vieram representar seus clubes. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Presidente da Federação Gaúcha de Clubes Sociais, Esportivos e Culturais, ilustre e querida Professora Maria da Conceição Nogueira Pires; em nome da Bancada do Partido Progressista, composta pelo Ver. João Antonio Dib, nosso Líder; pelo Ver. Beto Moesch e por este Vereador, quero, primeiramente, cumprimentá-la pelas suas magníficas gestões diante do Clube do Professor Gaúcho. Meus parabéns! A sua contribuição foi muito forte para nossa sociedade. Depois, nesse setor, quero aproveitar a oportunidade para cumprimentar dois Vereadores aqui que há muito tempo vêm trabalhando com os clubes sociais. O primeiro é o Ver. João Bosco Vaz, que acompanho há muitos anos, desde quando sou Vereador, conheço o trabalho dele junto aos clubes sociais e esportivos da nossa Capital; o segundo é o Ver. Dr. Raul, que inclusive “colocou a cara”, foi dirigir um clube social, e isso foi muito importante. Então, esses dois Vereadores já estão sintonizados, como, é claro, todos os demais Vereadores estão sintonizados e sabem da importância da valorização dos clubes sociais.

Hoje, realmente, os dirigentes desses clubes são verdadeiros heróis, porque vivemos outros tempos, o tempo da globalização, da Internet, da televisão, e isso muda o sistema das famílias e da sociedade. Então, manter um clube social, hoje, é um trabalho árduo e de muita dedicação. Quero cumprimentá-la e dizer que a Bancada do Partido Progressista está à sua disposição. Meus parabéns pelo seu trabalho, pela sua trajetória! Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, quero me somar às manifestações ocorridas. Ao saudar a Professora Maria da Conceição Nogueira Pires, quero saudar os vários dirigentes de clubes aqui presentes nesta tarde e os que compõem a sua Diretoria e lhe ajudam na tarefa hercúlea que desenvolve. Eu bem sei das dificuldades que temos hoje, mais do que nunca, em dirigir um clube social, com as modificações que os hábitos da sociedade propiciaram. Idoso, sou do tempo em que não participar de um clube social era quase que uma atitude de isolamento. Fui, durante vários anos, conselheiro do Clube do Comércio de Porto Alegre, dividindo-me entre a sede esportiva, na Av. Bastian, e a sede social, na Rua da Praia, atuando fortemente em agremiações de menor porte, entre elas, eu cito o meu Ipiranguinha, o Ipiranga, que é uma entidade da classe média pura, que sobrevive ali na Av. Princesa Isabel. Então, sabemos como é difícil conduzir um clube nessas condições e, mais do que isso, a entidade maior desses clubes.

Quero que V. Sª saia daqui com a consciência de quem tem padrinhos do porte do Bosco e do Raul; certamente, está muito bem encaminhada nesta Casa e dentro da Administração Pública Municipal. Se eles precisarem de alguma contribuição, não faltarão colegas para ajudá-los, dentro os quais eu quero me incluir, pelo respeito que tenho pelo seu trabalho, um trabalho não remunerado e muitas vezes mal compreendido. E falo isso não só pela tradição que os clubes sociais representam em Porto Alegre. Lembro das nossas festas, algo que remonta à minha juventude, aos meus bailes na Sociedade Gondoleiros, no próprio Teresópolis Tênis Clube, a quem saúdo a Direção aqui hoje presente e que recebe a senhora com a sua Federação, como nós recebíamos, na época de estudantes, nos nossos bailes de formatura e assim por diante. Receba nossos cumprimentos. Saiba que aqui na Casa a senhora tem muitos admiradores, dentre os quais, modestamente, me incluo.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Meu caro Presidente Nelcir Tessaro; nossa ilustre visitante, Presidente da nossa Federação, falo em meu nome, pela Bancada do PSB, e tenho a honra de falar também pela Bancada do PSOL, aqui representada pelos Vereadores Pedro Ruas e Fernanda Melchionna. Quero trazer um abraço especial a todos os nossos visitantes e também, em especial, ao meu colega e amigo Ilo Coutinho. As posições expressadas pelos Vereadores João Bosco Vaz, Dr. Raul e Adeli já são suficientes no sentido de expor que existem tratativas com o Governo Municipal. Isso nos conforta e nos coloca ao lado dos senhores para os auxiliar nessa empreitada, e há a proposta do Ver. Adeli de juntar os registros taquigráficos, remetendo-os às autoridades, porque confesso, humildemente, que fiquei bastante impressionado com a sua posição.

Eu já fui associado de clube, inclusive fui diretor de clube; agora, jamais havia feito uma reflexão, até por ignorância, tal como a senhora trouxe aqui. Ou seja, o clube, enquanto uma instituição de lazer, de esporte, de muita vida, também é um espaço importante no contexto econômico da nossa Cidade. E é nessa parte que eu nunca havia pensado. Por isso acredito ser importantíssimo e muito positivo este debate que a senhora nos trouxe. Quero dizer que estamos aí solidários à causa, cumprimentando a senhora, a Direção da nossa Federação, aproveitando para cumprimentar todas as Direções de clubes aqui do nosso Município de Porto Alegre. Quero dizer também que hoje a Câmara teve, numa síntese muito curta, uma grande lição para refletirmos mais sobre o que é o clube no nosso contexto aqui da cidade de Porto Alegre e do Estado todo. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Toni Proença está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.

 

O SR. TONI PROENÇA: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, quero saudar, em nome da Bancada do PPS - em meu nome, em nome do Ver. Paulinho Rubem Berta e do Ver. Elias Vidal -, a Srª Maria da Conceição Nogueira Pires, Presidente da Federação Gaúcha de Clubes Sociais, que nos fez esta brilhante palestra, chamando-nos atenção para importância dos clubes sociais - e um dos nossos Vereadores ainda lembrou -, mais ainda dos pequenos clubes sociais. Estamos acostumados a ter notícias dos grandes clubes sociais, mas os pequenos clubes sociais cumprem também com uma excelente missão junto às suas comunidades, aos seus associados, principalmente nas comunidades em que estão instalados, onde sua sede está instalada. Os pequenos clubes e os grandes clubes, às vezes, se tornam o único espaço de convivência daquela comunidade, além de formarem atletas, além do descobrimento de novos atletas. Há alguns anos, os clubes se tornaram um instrumento de inclusão social, através de parcerias que fazem com o Poder Público, com as instituições não governamentais, e Porto Alegre tem uma longa tradição de associativismo.

Então, neste dia em que a senhora vem aqui manifestar a necessidade de uma parceria maior, para que a sede da Federação Gaúcha possa ser uma realidade, tenha certeza de que encontra na Bancada do PPS a parceria necessária para que juntos possamos buscar a construção dessa sede, porque, como bem disse a senhora, se a gente não tem um endereço, fica difícil propagar as teses dessa belíssima missão que tem a Federação Gaúcha de Clubes Sociais. Parabéns, conte conosco! (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Passo a palavra à Srª Maria da Conceição para as suas manifestações finais, pelo tempo de cinco minutos, para que possa responder aos Vereadores que se manifestaram.

 

A SRA. MARIA DA CONCEIÇÃO NOGUEIRA PIRES: Gostaria de agradecer as palavras tão carinhosas, tão cheias de esperança. Eu saio daqui com muita esperança, porque ninguém se salva sozinho - não é verdade? A gente só consegue a salvação se estivermos abraçados, de mãos dadas, acreditando que vamos vencer, apesar de todas as dificuldades, apesar de todas as agruras que encontramos no dia a dia para vencer essa difícil tarefa que é presidir um clube, que é presidir uma federação, que é ter representatividade, que é ter visibilidade. Tudo isso às vezes nos amedronta, mas, neste momento, quero dizer aos senhores e às senhoras que saio daqui uma vencedora e digo ao meu grupo que ali está, que labuta comigo noite e dia para que as coisas aconteçam: pessoal querido, estamos salvos! Não vamos afundar, porque junto conosco estão todos estes Vereadores, de mãos dadas. E aqui peço licença ao Presidente da Câmara para me dar a mão, a sua mão, concretizando essa força que estamos levando daqui hoje. (Dão-se as mãos.) (Palmas.)

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Nós queremos agradecer a presença e cumprimentar a Srª Maria da Conceição Nogueira Pires e todos que nos acompanharam nesta tarde de hoje aqui. Suspendemos a Sessão, por um minuto, para as despedidas.

Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 14h43min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro - às 14h44min): Estão reabertos os trabalhos.

 

O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Sr. Presidente, solicito, muito entristecido, um minuto de silêncio pelo falecimento de uma grande liderança da Região Norte e Eixo Baltazar de Porto Alegre, uma pessoa que muito contribuiu para a Cidade, participou de todas as construções: o nosso querido José Praxedes dos Reis. Ele foi Presidente da Associação da Vila Max Geiss, ajudou-nos muito naquela região. Muito obrigado.

O SR. DR. RAUL: Presidente, com certeza, o PMDB gostaria de se somar a esta homenagem, e eu também, pessoalmente. Acompanhei por muitos anos o trabalho do Praxedes.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Deferimos o pedido.

    

(Faz-se um minuto de silêncio.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, meus senhores e minhas senhoras, se gratidão é uma virtude, pelo menos uma virtude eu tenho: sou sempre grato àqueles que um dia me foram úteis; não os esqueço nunca. Por isso, neste momento, estou até antecipando a homenagem que eu queria fazer ao Jornal do Comércio, que completa 77 anos na próxima terça-feira. Eu ia fazer este pronunciamento na segunda-feira, mas resolvi antecipar.

Desses 77 anos, 64 eu acompanhei o Jornal do Comércio, o jornal mais antigo de Porto Alegre em circulação contínua - ele nunca parou de circular. Quando eu o conheci, ele se chamava Consultor do Comércio e funcionava no Palácio do Comércio, no terceiro andar. Era seu Diretor-Presidente o Dr. Jenor Cardoso Jarros, e eu tive a satisfação de dar o seu nome a uma das ruas da Cidade, assim como dar o nome Jornal do Comércio a uma praça. Isso porque, quando me apresentei no Jornal, eu precisava de credibilidade, e o Dr. Jenor Jarros e os seus auxiliares não hesitaram em me dar a sua colaboração para que eu pudesse fazer os polígrafos que, como estudante necessitado, eu vendia para os meus colegas no Colégio Júlio de Castilhos. Então, eu tive um padrão de vida um pouquinho melhor durante alguns anos, em função daquela ajuda que recebi, pela credibilidade que me proporcionou o Dr. Jenor Cardoso Jarros.

Portanto, minhas homenagens ao Jornal do Comércio, as homenagens do Partido Progressista. O Jornal do Comércio merece as nossas homenagens, porque é o melhor dos jornais para quem está na vida pública, ele aborda todos os setores de atividades. Nós, aqui, fazemos muitas leis, e a nossa responsabilidade não é fazer mais e mais leis; a nossa grande responsabilidade é a fiscalização das leis, é fiscalizar o seu cumprimento pelo Executivo. E, no ano passado, o Jornal do Comércio mostrou a sua dedicação com a Cidade, quando acompanhou toda a discussão e votação do Plano Diretor, que será entregue agora, nos próximos dias, ao Prefeito.

Hoje, no JC Logística, há um assunto da mais alta gravidade: energia. (Lê.) “Distribuidoras acusam o biodiesel de criar borra e bactérias, prejudicando os veículos pesados. Produtores forçam o Governo a ampliar o programa de mistura de óleo vegetal ao diesel para até 10%, mas a Fecombustíveis alega riscos e prefere esperar. [...] A principal preocupação do setor é que o biodiesel vem provocando mudanças na característica do diesel, com a criação de borras e aparição de bactérias, o que provoca problemas nos motores. O Presidente da Federação Nacional de Comércio Varejista de Combustíveis (Fecombustíveis), Paulo Miranda, disse que já há casos de ações judiciais contra postos pedindo reparação de perdas por parte de empresas de transporte e proprietários de veículos a diesel. Atualmente, o biodiesel corresponde por 5% de cada litro de diesel.” E nós temos aqui um Projeto de Lei - inteligentemente, o Ver. Carlos Todeschini, que é o autor do Projeto, pediu que aguardássemos a sua votação - em que está sendo proposto, por uma Emenda, 20% de óleo vegetal. Vejam que com 5% está havendo problemas que ainda não foram superados; com 20% deve ser mais grave o problema.

Portanto essa é uma contribuição de um jornal que tem como característica trazer todas as notícias de que precisamos - indústria, comércio, sociedade, ciência, tecnologia - e que está fazendo agora, na terça-feira, 77 anos. Longa vida ao Jornal do Comércio! Saúde e paz a todos aqueles que colaboram com esse Jornal, que a Cidade recebe com muito carinho. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Passamos às

 

COMUNICAÇÕES

 

A Verª Sofia Cavedon está com a palavra em Comunicações.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, quero agradecer aos Vereadores Pedro Ruas, João Bosco Vaz e Toni Proença, que me permitiram falar neste momento, pois eu precisava aproveitar o período de Comunicações.

Gostaria de dedicar este período ao tema dos municipários, que estão, neste momento, tomando uma decisão importante em assembleia. Eles estão avaliando a proposta que o Governo Municipal apresentou. E tenho que registrar que, se ainda não é a proposta que eles estão reivindicando - os municipários reivindicam, DJ Cassiá, 10 % -, é a primeira vez que o Prefeito Fortunati e o Secretário Busatto apresentaram uma proposta séria aos municipários. No ano passado, os municipários vivenciaram o parcelamento do reajuste: enquanto o salário mínimo vem recebendo reajustes com base na inflação e aumento real, o Prefeito Fogaça parcelou o reajuste dos municipários, Ver. Brasinha, que sempre fica instigado a vir falar comigo quando eu estou na tribuna. Quer dizer, o Prefeito parcelou, o que não é nada justo, porque gastou mal o recurso da Prefeitura. Ele deu incentivos para as categorias com maiores salários - o que nós, na Câmara, acabamos aprovando - e parcelou o reajuste para o conjunto dos municipários. E o que aconteceu? Os funcionários que ganham salários mais baixos, como o operário do nível II, conseguiram ficar com o salário 60 reais abaixo do salário mínimo. Isso é um escândalo! Agora, pela primeira vez, depois de seis anos, a gente tem o respeito de um novo Governo, que pelo menos diz: “Olhem, a inflação nós vamos pagar.”

Eu não sei como os municipários estão decidindo isso lá, pois estão fazendo a discussão neste momento, mas os outros pontos de pauta são pontos muito importantes. O Prefeito concorda em retirar o plano sobre o DMAE, que foi encaminhado para cá e que é rejeitado por todo o DMAE. Como não há acordo, o Prefeito Fortunati se comprometeu a retirá-lo, assim como retirou o Projeto de Lei que o Fogaça mandou para cá que mudava o Estatuto do funcionalismo. O primeiro ato do Fortunati foi atender ao Simpa e retirar o Projeto de Lei desta Câmara. Então, eu acho que novos tempos se instalam na Prefeitura. Eu tenho certeza de que os municipários, neste momento, estão avaliando a questão com essa perspectiva.

 

O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da oradora.) Verª Sofia Cavedon, é com muita satisfação que eu peço um aparte a Vossa Excelência. Gostaria de dizer que fico muito tranquilo ao ouvi-la dizer que o Prefeito José Fortunati tem cumprido com as suas obrigações. Mas por que vocês batem tanto, tanto nesse homem José Fogaça? Será que é porque ele é concorrente de vocês?

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Ver. Alceu Brasinha, nós acompanhamos o Governo do Prefeito José Fogaça e vimos a herança deixada para Porto Alegre.

Hoje o ato dos municipários se deslocou do Centro da Cidade para a frente da SMED. E por quê? Porque, pasmem, faltam mais de duzentos professores na Rede Municipal de Ensino! Faltam professores. Eles foram recebidos pela Secretária Cleci, é verdade. Agora, não dá para chegar em maio, e as escolas estarem deslocando os professores do laboratório de aprendizagem, da assessoria pedagógica para segurar os alunos, porque a Rede Municipal não manda aluno para casa! Nós criamos, sim, no nosso processo - falo nosso, porque sou professora municipal -, o compromisso com o atendimento dos alunos. Só que esse está muito prejudicado. Recebi, ainda ontem, um e-mail da Escola Municipal Anísio Teixeira pedindo que pautemos na CECE... Então, há problemas de democracia na SMED, Ver. DJ Cassiá, tanto que a primeira pauta da ATEMPA - foi marcada uma reunião para o dia 26, a Secretária marcou hoje - é a Gestão Democrática da Escola.

Acho que há novos tempos. Municipários, atenção na Educação, porque a Educação é prioridade e tem que ser prioridade no investimento e no respeito aos professores, porque aí nós vamos ter resultados de qualidade, senão não conseguiremos. Obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

O SR. PEDRO RUAS: Sr. Presidente, público que nos assiste, meus colegas de mandato nesta Casa, desde segunda-feira, meu ilustre Ver. João Antonio Dib, Líder do Governo, tenho dito que no dia de hoje, quinta-feira, dia 20 de maio, não viria a esta Casa prestar esclarecimentos - não viria! - o Instituto Sollus. Falei isso na segunda-feira nesta tribuna e falei na quarta-feira, ontem, também nesta tribuna. Eu tinha essa convicção e falei da tribuna, fiz questão que fosse daqui. Se o Governo Municipal não permite que ocorra uma CPI, Ver. Toni Proença, Ver. João Bosco Vaz, por que permitiria que viesse o Instituto Sollus, elemento central da CPI, prestar esclarecimentos espontaneamente na Câmara? É óbvio que não! Ver. João Bosco Vaz, V. Exª é do PDT, aprendi com o Dr. Brizola que, em política, geralmente, dois mais dois são quatro; nem sempre, geralmente. Somei dois e dois, e não viria o Instituto Sollus. E não veio o Instituto Sollus! Quem quiser ficar aqui, na quinta-feira, como estava anunciado, esperando o Instituto Sollus vir prestar esclarecimentos perderá seu dia. Perderá seu dia!

Agora estamos todos nós chocados com as notícias do dia de hoje: há, efetivamente, denúncias novas, importantes e sérias de corrupção na Secretaria da Saúde. Mais duas pessoas, indiciadas, serão analisadas pelo Dr. Angelo Ponzoni como possíveis réus na 1ª Vara do Júri. Vara do Júri! O Júri só é cabível para os crimes dolosos contra a vida, Ver. Mario Manfro. Mais dois nomes serão incluídos na análise para processo, como réus, na Vara do Júri, repito, dos crimes dolosos contra a vida, crime que envolveu a morte - estúpida, absurda - do ex-Vereador, ex-Deputado, Secretário de Saúde de Porto Alegre. Configura-se a existência, do ponto de vista do Ministério Público, incontroversa, de corrupção na Secretaria da Saúde! Eu não quero antecipar julgamentos - não é meu papel, nem eu poderia -, mas não vejo como, Vereadoras e Vereadores, eu não vejo como não partirmos para o cumprimento da nossa obrigação de investigação, em cima de uma situação pela qual, nós Vereadores de Porto Alegre, somos informado pela imprensa. Eu não vejo como!

Concluo aqui, Sr. Presidente, fazendo este apelo aos Vereadores e Vereadoras. Não é possível que nós, com mandato em Porto Alegre, representando o povo desta Cidade, com denúncias seriíssimas em relação a uma parte do Executivo, na Cidade, sejamos informados pela imprensa de situações tão graves que serão analisadas pela Vara do Júri, que julga os crime dolosos contra a vida! Não me parece correto, não me parece justo, não me parece adequado que continuemos sendo informados pela imprensa de resultados sobre os quais devíamos informar a opinião pública porto-alegrense. Muito obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. João Bosco Vaz está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO BOSCO VAZ: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, venho a esta tribuna em Comunicação de Líder para saudar o aniversário da Fundação Thiago Gonzaga. A Fundação Thiago Gonzaga faz um trabalho relevante entre os jovens. O Thiago Gonzaga foi um jovem que em uma madrugada morreu em um acidente automobilístico. A partir daí, os seus pais, o Régis e a Diza, criaram a Fundação Thiago Gonzaga, para tentar orientar os jovens sobre a importância da vida. Hoje a Fundação Thiago Gonzaga está espalhada pelo Estado e pelo País.

Sinto-me parte do trabalho que realiza a Fundação Thiago Gonzaga, porque fui eu, através de um Projeto, que criei a Praça Thiago Gonzaga Praça, que fica na Av. Porto Alegre, ao lado do Cemitério João XXIII, no bairro Medianeira. A praça se chamava apenas Praça da Juventude, e eu, por meio de Projeto, emendei: “Praça da Juventude Thiago Gonzaga”. E é nessa Praça que a Fundação Thiago Gonzaga faz as suas manifestações todos os anos, colocando ali painéis com os nomes, infelizmente, dos jovens que perderam a vida no trânsito naquele ano. Também apresentei Projeto nesta Casa tornando a Fundação Thiago Gonzaga entidade de utilidade pública. Também apresentei o Título de Cidadão de Porto Alegre ao Régis Gonzaga. Por solicitação minha, o Ver. Mario Fraga ofereceu o Título de Cidadã de Porto Alegre à Diza Gonzaga. Isso tem uma profundidade muito grande, porque é o reconhecimento pelo trabalho do Régis, da Diza e dos quase quinze mil voluntários que se dedicam a essa causa da preservação da vida.

Os jovens são muito afoitos na ânsia de viver, na ânsia de badalar, na ansiedade das festas. O Régis conta a história e diz que a pior coisa que aconteceu foi estar em casa, de madrugada, quando tocou o telefone, e era o motorista de táxi, perguntando: “O senhor é o pai do menino Thiago Gonzaga? Aconteceu um acidente neste momento”. Quantos e quantos pais passam por isso nos fins de semana? E a Fundação Thiago Gonzaga vem fazendo esse trabalho de conscientização na noite de Porto Alegre, no Litoral, em noites de grandes eventos, tentando salvar vidas.

Portanto, à Fundação Thiago Gonzaga o reconhecimento não só deste Vereador, mas o reconhecimento desta Casa, dos 36 Vereadores, pelo trabalho realizado, pelo apoio psicológico às mães e aos pais que perdem os seus filhos nessas condições. São grupos de convivência: uns ajudando os outros, para que possam enfrentar a dura realidade do que é perder um filho prematuramente num acidente automobilístico. A lei natural da vida é o filho enterrar o pai, mas o que estamos vendo hoje é uma selvageria no trânsito, em que há jovens, às vezes, até orientados na própria casa, e aí entra a Fundação Thiago Gonzaga, a Diza Gonzaga, o Régis Gonzaga, o Serginho Neglia, os voluntários, tentando preservar os jovens, preservar as vidas. Que outras fundações nesse estilo venham para nos ajudar a salvar vidas. Parabéns, Fundação Thiago Gonzaga!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ALCEU BRASINHA: Sr. Presidente, Ver. Mario Manfro; Srs. Vereadores, é com muita alegria e orgulho que venho a esta tribuna, Ver. Toni Proença, Ver. Dr. Raul, dizer que ontem, falando com um jornalista da Globo, do Brasil, do mundo, quem sabe, comentei sobre um evento que acontece a cada ano aqui em Porto Alegre, Ver. João Bosco Vaz. Eu mesmo comentei com o Régis Rosing e o Paulo Alvim, disse a eles que o evento João Bosco Vaz é o “Oscar do Rio Grande”. Quando tu proporcionas levar à altura que tu levas esses ídolos nossos, principalmente do Grêmio - do Internacional, também -, quando tu proporcionas dar um prêmio, um Troféu João Bosco Vaz, tu és um cara iluminado por Deus, porque sabes fazer este trabalho tão bem, tão certo, com tanta qualidade. Estás de parabéns! E me sinto orgulhoso de participar da tua festa; porque eu vou, já não é nem a primeira, nem a segunda, nem a quarta, mas eu vou. Se não me convidarem, eu chego, eu vou lá, porque gosto da tua festa, é uma festa participativa. Tu não convidas as pessoas, vai quem quer. Não é verdade? Eu me sinto privilegiado por ser teu amigo e saber que há uma festa tão grande igual a tua.

João Bosco, ontem, lá em São Paulo, quando falei com os jornalistas, eu disse que tenho o privilégio de ser teu amigo, companheiro e colega nesta Casa. Raul, sinto-me honrado, orgulhoso, pelo João Bosco Vaz ter feito essa festa maravilhosamente bem, que a cada ano cresce mais ainda. Que venham os vinte e um anos, vinte e dois, vinte e três, vinte e quatro, tu não vais parar nunca, João! Vamos continuar sempre, vamos tocar até os cinquenta, quem sabe, ou mais ainda! E, quem sabe, daqui a pouco, outro pega para fazer, porque tu realmente és um cara que inovou nesta Cidade. Nós não tínhamos esse trabalho. Eu fiquei pensando cá comigo: “João, tu sentas lá, com aquela multidão de pessoas aplaudindo e, ainda, tu brincas perguntando onde estão os gremistas, onde estão os colorados”. Isso é bom, João; isso é família, isso é qualidade de evento! Tu tens toda essa liberdade, porque tu conviveste todo o tempo do lado do Inter e do Grêmio, enfim. Eu acho que tu estás de parabéns. Parabéns, João Bosco, longa vida para o teu evento, que tu continues sempre assim.

E, agora, eu quero falar do meu Grêmio, de ontem, da tristeza que eu vivi, João. Lá da arquibancada, atrás da goleira, Pedro Ruas, eu vi aquela loucura que estava acontecendo com o meu time. Vi aquele menino, aquele moleque, como eu digo, que é o Robinho, fazer aquilo conosco - nós, que tanto gostamos do Grêmio, que tanto amamos o time, que tanto choramos pelo Grêmio. E tive que chorar mais uma vez, lá atrás da goleira do meu Grêmio, chorar, João, é terrível. E te confesso que não estou bem ainda, até agora, porque passei um trabalho tremendo com o que aconteceu com o meu Grêmio. Ele teve toda a oportunidade de ganhar o primeiro tempo, e, no segundo tempo, deu no que deu.

Eu falo sempre que treinador de futebol é quase igual a engenheiro; engenheiro adora irritar a gente, João Bosco. Nós, que somos ali da arquibancada, que gostamos de futebol, do esporte, sabemos o que é bom, e o treinador vai lá, irrita a gente, muda errado, não faz certo, parece que é para deixar a torcida triste. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, eu vou falar de um tema e gostaria da atenção do nosso querido e sempre Vereador Valdir Fraga. Antes disso, eu quero falar a respeito da posição do Ver. Brasinha, quando ele vem à tribuna e se lamenta pelo resultado do jogo de ontem. Eu sou colorado, meu caro Brasinha, mas não me canso de dizer que o Rio Grande do Sul, Porto Alegre tem dois dos maiores times de futebol - historicamente, sempre teve - do nosso País. Grêmio e Internacional representam a alma do povo gaúcho, são expoentes e clubes respeitados no mundo inteiro. O resultado de ontem até poderia ter acontecido, como, de fato, ocorreu... O Grêmio é, sim, meu caro Brasinha, um expoente, um marco da cidade de Porto Alegre, assim como o Internacional. Queria fazer esse registro, porque não me canso de dizer que Porto Alegre tem, nesses dois clubes, alguma coisa que transcende o próprio Brasil, que é conhecido mundialmente. Isso é interessante.

Mas vou falar muito rapidamente sobre uma questão que reputo importante. Nós criamos aqui em Porto Alegre, através de uma lei que aprovamos, mil, setecentos e oitenta vagas para a área de Saúde, meu caro Valdir Fraga. E temos essas vagas distribuídas em diferentes profissões. Por exemplo, são quatrocentos empregos de técnico de enfermagem. Eu li algumas coisas sobre o assunto e, pesquisando no site da Prefeitura, vi que nós temos em torno de 180, 170 - por aí, um pouco menos talvez - vagas, meu caro Ver. João Dib, Líder do Governo. E nós temos em torno de 150 aprovados para técnico de enfermagem, Ver. João Dib e meu caro Valdir, num concurso feito em 2009. Então, acredito bastante justo e positivo que essas vagas, à medida que venham ocorrendo, sejam aproveitadas, chamando-se aqueles candidatos aprovados no concurso em 2009. Ver. Dr. Raul, são pessoas da área da Saúde que recentemente fizeram concurso, e, na época, havia muito poucas vagas, só que agora as vagas aumentaram bastante. Então, eu acredito que, se chamássemos esses concursados, estaríamos valorizando, inclusive, os concursos em Porto Alegre, para que a nossa juventude saiba que, fazendo concurso em Porto Alegre, à medida que as vagas forem surgindo, o pessoal aprovado vai sendo aproveitado, meu caro Ver. João Dib. E também não me canso de falar do problema da marcação de consultas. Então, mais uma vez, vamos pedir ao nosso Líder, Ver. João Dib, ao nosso sempre Vereador Fraga, que conversem com o Prefeito, que sei que é sensível às causas de Porto Alegre, ao menos para dar a ele a sugestão de aproveitar esses aprovados em concursos. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Paulinho Rubem Berta está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, todos que nos assistem pela televisão; eu venho a esta tribuna hoje para tentar tranquilizar principalmente as lideranças do Eixo Baltazar e Zona Norte de Porto Alegre. O Centro Humanístico da Av. Baltazar de Oliveira Garcia é um centro que tem abrigado diversas atividades comunitárias no engajamento pela melhoria da qualidade de vida do pessoal daquela região. E recebi um e-mail do Sr. Salvatore Lettieri, que diz o seguinte (Lê.): “Prezado Vereador Paulinho Rubem Berta, volto a sua presença desta vez muito preocupado, pois, circulando pelo Centro Vida, soube, de maneira informal, que a área do Vida está em estudos para ser privatizada. Isso não pode acontecer de maneira alguma, e é tarefa de todos nós levantarmos tais informações e de imediato formarmos um movimento forte e objetivo, se for o caso uma ‘frente parlamentar em defesa do espaço vida’ [...]” Bom, quero tranquilizar o Seu Salvatore e dizer que isso me cheira muito a alguma conexão política. Num ano eleitoral, a circulação de uma informação dessas pode trazer prejuízos a vários.

Então, antes de qualquer atitude, fui em busca do fato, para saber se, realmente, era verdade, se não era somente um boato. E, para tranquilizar aquela comunidade, quero ler aqui a resposta que recebi da Srª Erli Terezinha dos Santos, que coordena a FGTAS (Lê.): “Caro Vereador Paulinho Rubem Berta, ao cumprimentá-lo cordialmente, quero ressaltar que o Centro Vida Humanístico é um espaço de grande importância pelas ações que desenvolve e é um dos melhores programas da FGTAS e deste Governo e tem sua continuidade garantida no atendimento à população do seu entorno. Os Termos de Cooperação Técnica com as instituições/entidades foram todos firmados na forma da lei, estando em plena vigência, selando dessa forma a garantia de execução dos trabalhos das parcerias. Na atual gestão da FGTAS/SJDS, o Centro Vida tem recebido a atenção necessária ao aperfeiçoamento administrativo e técnico com a designação de mais servidores do quadro para os trabalhos ali realizados e de gestão com as parcerias de instituições e entidades lá instaladas com o propósito de assegurar cada vez mais o oferecimento de serviços de qualidade à altura das expectativas da comunidade. Ademais, quero informá-lo também que estive em Brasília na semana passada, e um dos assuntos que tratei foi a reabertura da Agência FGTAS/Sine no Centro Vida, solicitando a urgência da liberação do Ministério do Trabalho para podermos inaugurá-lo o mais breve possível. Mais: no dia de ontem (13.05), uma representação da FGTAS esteve em audiência com a Direção da Metroplan, para tratar da reconstrução do ‘pórtico de acesso’ da Av. Baltazar de Oliveira Garcia, quando ficou acertado que serão tomadas providências imediatas para licitação e contratação dos respectivos serviços da obra. O nosso compromisso público com o Vida Centro Humanístico é consolidá-lo como ‘Programa de Estado’, no sentido de garantir aos cidadãos e às comunidades da Zona Norte de Porto Alegre o acesso permanente às ações de políticas públicas que lhes favoreçam. Assim, quero tranquilizá-lo de que estamos trabalhando para melhorar e preservar aquele espaço público para melhor atender.”

Eu quero tranquilizar todas as lideranças de lá, em especial o Sr. Salvatore, dizendo que não existe nada, absolutamente nada, que diga que o Centro Vida está em algum projeto de privatização. Até porque a comunidade daquela região não permitira isso. Então, quero tranquilizar ele e quem anda, como ele diz aqui, ouvindo isso. Há um cunho político aí, e nós temos que desmentir sempre. Quero dizer que isso não é verdade, que não existe a mínima possibilidade de o Centro Vida ser privatizado. Nós precisamos, sim, reequipar o Vida e, cada vez mais, fazer com que a comunidade lá compareça e usufrua do que o Centro pode proporcionar à Zona Norte de Porto Alegre. Fique tranquilo, o Vida jamais será privatizado! Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu queria agradecer à minha Bancada, à Liderança, Ver. Dr. Raul; aos Vereadores Haroldo, Cecchim e Paulo Marques, por me concederem este tempo.

Antes de entrar no assunto que trago, quero dizer à Presidente da Federação Gaúcha de Clubes Sociais, Esportivos e Culturais de Porto Alegre, a Srª Maria da Conceição Nogueira Pires, e a todos que há um comportamento aqui na Cidade que a gente precisaria rever, que é aquele que trata do silêncio, mais precisamente da poluição sonora, das possíveis perturbações ao sossego, algo trazido por algumas pessoas que são vizinhas dos clubes. É evidente que as pessoas precisam ser respeitadas, mas vejam que alguém, de repente, pode resolver morar ao lado de um clube que está naquele local há 50, 60 anos, contemplando a sociedade através das atividades, das festas. E aí estamos vendo essa excessiva preocupação. Devemos respeitar, mas acabamos matando o trabalho social, Ver. Haroldo, que os clubes fazem e que é necessário para a sociedade. Nós não estamos mais vendo a participação social nos clubes como antigamente, e, com isso, perde toda a sociedade. Eu acho que precisamos rever esse comportamento.

Quero discutir com os Vereadores - Ver. Reginaldo Pujol, com quem eu conversava outro dia sobre este assunto - a respeito dos carros-fortes, esses carros que transportam valores. Eles não têm horário para fazer o seu trabalho. Nós não podemos aceitar, por exemplo, o que ocorre em três vias públicas de Porto Alegre: na Av. Protásio Alves, na Av. Assis Brasil e na Av. Osvaldo Aranha. Esses carros-fortes estacionam ali às 9h, 10h da manhã e trancam todo o trânsito. Será que é justo? Faço aqui um convite para que enfrentemos essa situação de forma coletiva. Esse assunto já esteve nesta Casa, já foi objeto de projeto de outros Vereadores, e até hoje não conseguimos resolver, atender ou criar algo que pudesse, no mínimo, amenizar a situação de constrangimento e de dificuldade ao trânsito causada por esses carros-fortes. Qual é o constrangimento? O sujeito está ali com uma metralhadora calibre 12 no meio das pessoas que estão na via pública. Será que é justo aceitarmos essa situação? A dificuldade que esses automóveis, que esses carros, que esses caminhões, essas viaturas de transporte de valores causam ao trânsito de Porto Alegre é muito grande.

Por isso, Vereadores, Ver. João Antonio Dib, faço um convite para que possamos analisar isso e propor uma legislação para disciplinar ou, no mínimo, modificar esse comportamento, porque, do jeito que está, não é justo: eles não cumprem um horário preestabelecido e usam a via pública, trancando todo o trânsito. Os bancos que deem um jeito; banco tem dinheiro, banco pode resolver isso, sim. Será que temos que sacrificar toda a população porque os bancos não arrumam uma maneira diferente para resolver isso? Aqui fica o nosso convite para um projeto coletivo. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Sim, Ver. Pedro Ruas?

 

O SR. PEDRO RUAS (Requerimento): Peço, respeitosamente, a Vossa Excelência verificação de quórum.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Solicito que todos os Vereadores que se encontram em seus gabinetes compareçam ao Plenário para a verificação de quórum, pois temos temas importantes a serem hoje apreciados. Temos discussão preliminar de Pauta, temos pedidos de urgência do Governo Municipal. Solicito que haja compreensão dos Srs. Vereadores e das Sras Vereadoras pela importância dos temas do dia de hoje. (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Há quórum, vamos continuar a presente Sessão.

O Ver. Toni Proença está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. TONI PROENÇA: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, antes de entrar no tema que eu tinha me proposto a tratar hoje, quero me solidarizar com a manifestação do Ver. Bernardino Vendruscolo: é realmente um absurdo que se privilegiem os valores e o dinheiro em detrimento da vida e da qualidade de vida dos cidadãos de Porto Alegre. Essas transportadoras de valores param onde querem, a hora que querem e do jeito que querem. E não vi, nunca, ninguém ser multado, nem ser admoestado a retirar o caminhão ou o transporte de valores daquele lugar. Além do que, até aqui dentro desta Câmara, entram, com as armas na mão, para pegar malotes e resgatar valores. Não precisa ir muito longe, dentro da Câmara fazem isso! Isso é a proteção do dinheiro em detrimento da proteção do cidadão. Sou solidário com a sua manifestação e parceiro para trabalharmos num projeto que mude isso, que altere isso.

Amenizando um pouco o tom da minha manifestação, quero dizer que conheci hoje, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, um projeto que está se iniciando com muita dificuldade, mas um belíssimo projeto aqui na região do Cristal. Projeto, Ver. Pujol, que aproveita a caliça de obras e de reformas de construções para a execução de blocos e bloquetes de concreto feitos pela própria comunidade. Eles aproveitam a caliça, que é um problema para a Cidade - o depósito inertes de obras -, e a transformam em geração de renda e, mais do que isso, em capacitação das pessoas. Existe a discussão no sentido de que possamos aproveitar esses bloquetes - que têm, inclusive, uma função ecológica, porque permitem a permeabilidade do solo, ao contrário do asfalto - para fazer a pavimentação comunitária das obras demandadas para o OP, principalmente na periferia. A ideia seria que a gente pegasse a comunidade que demandou aquela obra e a capacitasse, alguns daquela comunidade, para a execução dos seus próprios bloquetes, num sistema de mutirão, e, depois, eles executariam os bloquetes nesse laboratório lá na região do Cristal, através da ONG Solidariedade. Eles mesmos fariam o calçamento da sua rua; com isso, estaríamos gerando capacitação, educação, Ver. Airto Ferronato, e renda para as pessoas da periferia. Além disso, há a possibilidade da execução e da fabricação de blocos de concreto para a construção civil.

Nós vimos, aqui na Tribuna Popular de hoje, a Presidente da Federação de Clubes Sociais de Porto Alegre pedindo uma parceria da Câmara e da Cidade para a construção da sede da Federação. Pois, com isso, seria fácil, barata, econômica a construção e, ao mesmo tempo, geraria renda e inclusão social. Poderia se estabelecer uma parceria com a Federação, com a Prefeitura, com o Sinduscon, e, a partir desse projeto, poderíamos fabricar os blocos de concreto e, com isso, fazer a execução da obra da sede, por exemplo, da Federação de Clubes Sociais com custos baixíssimos, capacitando pessoas, gerando renda e produzindo inclusão social.

Portanto, nós temos, como esse, vários exemplos em Porto Alegre. E a ideia, Ver. Tessaro, o senhor que é um entusiasta desses projetos, era também que se pudesse, em cada galpão de reciclagem de lixo de Porto Alegre, ter uma parceria com a Prefeitura e com o DMLU - que é quem faz a coordenação desse trabalho dos galpões de reciclagem, um depósito de inertes -, para que a gente pudesse capacitar as cooperativas e os cooperativados desses galpões também a produzir blocos de concreto e bloquetes, gerando renda e inclusão e, mais do isso, ajudando ecologicamente a Cidade, porque nós temos um problema em relação ao depósito desses inertes na cidade de Porto Alegre. Obrigado a todos pela atenção.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; colegas Vereadoras e colegas Vereadores, quero dizer ao meu colega de Bancada e amigo Bernardino que há lei que regra essa matéria dos carros-fortes. A verdade é que a lei não é cumprida. Diz a lei que, em estabelecimentos novos, devem ser feitos locais para estacionamento dos carros-fortes, e havia um prazo para adaptar os estabelecimentos já instalados. Quanto ao horário, concordo que não pode ser fixo, senão o roubo fica mais fácil, devem ser horários não combinados. Os bancos não têm cumprido a lei, e a municipalidade nada tem feito em relação a essa matéria.

 

O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Então, quem sabe possamos combinar os horários em que eles não poderão estacionar? O que não podemos é aceitar que eles tranquem o trânsito e que andem armados no meio das pessoas.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Temos que encontrar soluções. Agora, o que não pode é se estabelecer horário, senão, evidentemente, vai haver plantonistas para assaltar os carros.

Eu queria, Ver. Pujol, Ver. Dib, demais Vereadores, dizer que deve estar chegando à pauta de votação um Projeto de minha autoria em coparceria com a minha Bancada, Projeto que considero, como tantos que passam por esta Casa, importante para o dia a dia de Porto Alegre. Sabem os senhores que há milhares de moradias irregulares em logradouros cadastrados, ou seja, o cidadão faz o projeto, aprova na Prefeitura e, no andar da obra, faz pequenas modificações, Ver. Pujol. Cito como exemplo: um recuo de jardim de quatro metros que ultrapassa em 30cm; a altura, que era de seis metros, chega a 6,50m; a ocupação do terreno, Ver. Dib, ultrapassa um pouquinho.

Ver. Toni, eu constituí um grupo de trabalho, liderado pelo arquiteto Jairo, que é um funcionário de 30 anos da SMOV, Ver. DJ, que recebeu contribuições de vários membros da Prefeitura, de fora da Prefeitura. Eu tinha intenção de ter chamado o Projeto no ano passado, para o art. 81, mas entendi, devido à sua importância, que ele deveria passar por todas as Comissões, e agora ele está pronto para ser votado. Tomei a liberdade de mandar uma mensagem para a caixa de correspondência de cada um dos senhores, dizendo que eu estava à disposição para debater esse Projeto e, aqui, quero ratificar esse compromisso. Quero dizer a todos os Vereadores que tanto eu como a minha assessoria estamos à disposição para esclarecer, porque essa é uma lei que vai interferir muito na Cidade.

Pretendemos dar um prazo de seis meses para que as pessoas que têm essas irregularidades possam utilizar-se dessa lei, porque eu não poderia fazer uma lei e permitir um prazo muito longo: daqui a pouco, alguém pegaria carona, construiria um prédio inteiro e usaria a lei para regularizar. Ver. Pujol, de todos aqui nesta Casa, V. Exª talvez seja o que mais tenha proposto, ao longo dos nove anos que estou aqui, projetos pontuais para resolver essa questão. Pois essa lei vai resolver problemas da Cidade inteira. Eu vou pegar o caso do bairro Moinhos de Vento, que tem dezenas de bares que ocuparam um pouco os recuos dos jardins. Essas pessoas todas, hoje, estão na Justiça; mantém, através de liminares, comércios que estão há dez, quinze, vinte, trinta anos nessa situação. Pois essa lei, Ver. Mauro, vai permitir que os proprietários comerciais ou residenciais paguem uma multa, Ver. Pedro Ruas. Evidentemente, já estive no CREA recebendo contribuições, e será preciso ter assinatura de um profissional para a regularização: tu não vais regularizar porque tu queres, tu vais regularizar mediante um atestado de um profissional da área.

Então, mais uma vez, quero dizer que me coloco à disposição dos Vereadores. Quero votar essa matéria - não precisa ser amanhã, pode ser depois, daqui a quinze dias -, então peço que os senhores examinem o Projeto, vejam se há fundamento e se há contribuições a dar, e aí vamos levá-lo à votação... (Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Idenir Cecchim.

O SR. SEBASTIÃO MELO: Agradeço a V. Exª, agradeço ao Ver. Idenir Cecchim a cedência de tempo, para que eu possa concluir.

Inclusive, o competente Arquiteto Ferrraro tinha algumas dúvidas sobre esse Projeto, discutiu com o Jairo e conosco, Ver. Dib. Quero dizer a V. Exª, que é o Líder do Governo - e competente Líder -, que estou à disposição, porque acho que não basta votar uma lei: se votarmos uma lei de qualquer jeito, a lei será vetada. Quando se faz uma manchete dizendo: “Quero votar uma lei porque acho que é boa”... Até porque sou Vereador de poucas leis; que ela se torne realidade para a vida real das pessoas, ou seja, nós temos, realmente, muitas construções irregulares nesta Cidade e será uma oportunidade.

Segundo, eu queria também dizer desta tribuna que eu tenho me mantido muito em silêncio nessa confusão do meu Partido nas eleições. Mas hoje há notícia pelos jornais de que o candidato a presidente Serra vem fazer um encontro com a minha Bancada Estadual. Eu vou dizer que, infelizmente, Ver. Reginaldo Pujol, a palavra coerência não existe mais na política há muito tempo e também no Rio Grande, e isso sempre foi uma coisa muito cara para a classe política do nosso Estado. Como pode alguém, como o meu Partido, começando pelo Líder maior, Pedro Simon, e todos num só brado, numa só voz, defender a candidatura própria, se a convenção do Partido não foi realizada - tem data marcada -, e eu já começo a fazer tratativas com candidaturas de outros Partidos. Isso para mim tem um nome: incoerência política. Este PMDB que está aí me desagrada muito. Eu não posso tratar a política desse jeito. Eu não posso ir a Brasília e dar acordo e chegar aqui e negar o acordo.

Estou colocando isso porque, infelizmente, esse fato está acontecendo hoje, ou seja, o presidenciável Serra sai de Brasília, de São Paulo, e vem se reunir com a Bancada Estadual do PMBD. Bancada que defende a candidatura própria; e o PMBD vai oferecer o cargo de Vice-Presidente para o PT, para a Dilma. Ver. Haroldo de Souza, esse não é o MDB que ajudei a construir. Tenho 32 anos de caminhada, lá do final dos anos 78, sou um dos milhares de fundadores do Partido, mas quero dizer que estamos vivendo um quadro terrível neste País! Aliança política, Presidente, Ver. Nelcir Tessaro, tem que ser de cima de baixo, de baixo para cima, tem que ser a favor do povo e não por causa dos espaços na televisão, não pelos cargos que possam distribuir os Governos. É uma tristeza olhar. Quero dizer que não estamos sozinhos nisso. Eu olho para o meu lado e não vejo muita diferença, com exceção do PSOL, um Partido novo, que está surgindo, que tem posições. Quero dizer que o que justifica a caminhada política não são os discursos. Tem gente com belos discursos, mas com uma prática horrível. Aliás, esta é a lógica da política: às vezes, os discursos são maravilhosos, mas, quando o cara vai para prática, é um horror.

Então, eu quero dizer que o Brasil precisa de uma reforma política não para a classe política, não como remendo para os políticos, mas para o bem da democracia que todos nós ajudamos a construir. Esta Casa, mais do que nunca, foi baluarte nessa construção! Talvez a Câmara de Vereadores mais importante para a luta democrática neste País foi a Câmara de Vereadores de Porto Alegre! Pois eu quero dizer aqui alto e bom tom: para o bem da democracia, nós temos que fazer uma reforma política com profundidade - não para os políticos, mas para fortalecer aquilo que é mais valoroso, que é o Estado Democrático de Direito. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PEDRO RUAS (Questão de Ordem): Antes registrar a importância do pronunciamento do Ver. Sebastião Melo, eu gostaria de fazer um questionamento à Mesa: quando foi anunciado que o PLCE nº 005/10 seria incluído na Pauta no dia de hoje? Em que momento isso foi anunciado?

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Vossa Excelência indaga se ele será incluído na Pauta? Ele está em discussão preliminar de Pauta.

 

O SR. PEDRO RUAS: Sim, exatamente, na Pauta; não é Ordem do Dia.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Ele foi apregoado...

 

O SR. PEDRO RUAS: Mas em que momento foi anunciado que ele constaria na Pauta do dia de hoje? Ele consta na Pauta de hoje, e eu gostaria de saber em que momento foi anunciado que ele constaria na Pauta de hoje. É essa a pergunta que faço.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Meu amigo Vereador, as Pautas são distribuídas aos Vereadores, e eles não são comunicados do que consta na Pauta. Todos os Vereadores a recebem para leitura.

 

O SR. PEDRO RUAS: Então, eu vou fazer um esclarecimento sobre isso. Pelo nosso Regimento, Sr. Presidente, no art. 151, que trata da Pauta, nós temos o seguinte (Lê.): “Subseção II - Da Pauta - Art. 151: Pauta é o período destinado à discussão preliminar dos projetos. [...] § 2º: A matéria a ser incluída na Pauta será distribuída aos Vereadores com quarenta e oito horas de antecedência, no mínimo”. Então, o meu questionamento é exatamente sobre essa primeira Pauta que corre no dia de hoje. Referencio o § 2º do art. 151 do nosso Regimento, Subseção II. É por isso que faço o questionamento. Entendo e respeito, claro, qualquer providência que tenha sido tomada, mas acho que é, sem nenhuma má-fé e nenhuma má intenção de quem colocou, evidentemente, um equívoco, que se torna uma irregularidade e que pode prejudicar o próprio Projeto, porque ele foi incluído na Pauta sem o anúncio prévio estabelecido pelo § 2º. Esse é o registro que faço.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Quero dizer então que nós vamos ter que rever todos os projetos discutidos nos últimos anos nesta Câmara de Vereadores, porque este procedimento sempre foi adotado em relação aos projetos de interesse da Cidade e da comunidade, tanto do Executivo como do Legislativo, e nunca houve nenhum problema de nulidade parcial ou total, o que se queira.

 

O SR. PEDRO RUAS: Eu faço só o registro, Sr. Presidente. Está aqui, posso ler de novo, é o § 2º do art. 151, mas...

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Com toda certeza. É que a Casa se costumou a adotar, nos últimos tempos - anterior à minha gestão -, que projetos de interesse e de urgência sempre seriam incluídos na Pauta. A Pauta é distribuída antes da Sessão aos Srs. Vereadores, para que dela tomem conhecimento. Como foi feito hoje, antes do início do período de Pauta: foi entregue a Pauta do dia aos Vereadores, para que tomassem conhecimento.

 

O SR. PEDRO RUAS: Então, apenas para que fique o registro de que o anúncio da Pauta de hoje foi feito no dia de hoje. É isso que V. Exª está me informando?

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Sim, como tem ocorrido todos os dias.

 

O SR. PEDRO RUAS: Como todos os dias; inclusive o de hoje foi feito hoje. É isso?

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Sim, como foi feito também na segunda-feira, na quarta-feira da semana passada e assim sucessivamente, desde o início desta gestão e da gestão anterior.

 

O SR. PEDRO RUAS: Obrigado, Sr. Presidente.

 

O SR. AIRTO FERRONATO (Questão de Ordem): Meu caro Presidente, não sei se é uma sugestão ou uma constatação, mas é uma questão a propor.

No espelho, em que se apresenta a Pauta do dia, nós temos, por exemplo, o PLCE nº 005/10, que diz o seguinte (Lê.): “Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 005/10, que altera a redação do § 2º do art. 1º da Lei Complementar nº 605, de 29 de dezembro de 2008, que isenta a pessoa física, jurídica ou equiparada, nacional ou estrangeira, do ISSQN, do IPTU, do ITBI, das taxas instituídas pelo Município de Porto Alegre e da Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública (CIP), e inclui inc. XXVIII no art. 70 da Lei Complementar nº 07, de 07 de dezembro de 1973.” Essa redação é ampla e pouco esclarecedora para quem lê. Eu acredito que, se fosse feita a síntese do que ele efetivamente trata, e não dos artigos que altera, ficaria muito mais fácil para nós inclusive o recebermos hoje e estarmos em condições de votar.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Concordo plenamente com V. Exª, Ver. Airto Ferronato. Essa Emenda veio nesses moldes, mas deveria, no meu entender, como todos os outros Projetos que vêm no sentido de fazer alterações, vir objetivamente esclarecendo qual o objetivo e qual o benefício que traz a lei, e não uma Emenda genérica cujo objetivo final não se possa entender.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Ver. Tessaro, com o fito de contribuir com o tema em questão: esta Casa é uma Casa política; toda vez em que houve acordo... Na nossa gestão, muitas e muitas vezes se utilizou isto: fruto de acordos políticos, abreviamos Pauta; quando não havia acordo político, cumpria-se o que constava no Regimento. Então, esta Casa já andou assim muitas, muitas e muitas vezes, na nossa gestão e antes, desde que houvesse acordo político. Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Foi registrado o seu pronunciamento.

O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra em Comunicações.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, atendendo a uma solicitação de V. Exª, estou aqui desde o início dos trabalhos e pretendo continuar até o fim dos trabalhos. Participo da preocupação de V. Exª de ver determinados assuntos incluídos na discussão preliminar de Pauta cumprirem as etapas que necessariamente precisam ser cumpridas antes de serem encaminhados às respectivas Comissões, mais especialmente à Comissão de Constituição e Justiça, cuja análise deve preceder qualquer outra providência que venha a ser tomada no sentido de, naturalmente, encaminhar o exame e as providências que poderão ser tomadas no aceleramento ou não de alguns Projetos.

Eu estou inscrito para me manifestar, em Pauta, com relação ao PLCE nº 005/10, que altera a redação do § 2º do art. 1º da Lei Complementar n° 605. Eu me reservo para falar posteriormente, no momento adequado. Sou naturalmente chamado a discutir alguns temas sobre os quais fui, delicadamente, convocado por colegas para me posicionar.

O Ver. Toni Proença já se somou àquele debate que se esboça e que eu entendo necessário que se aprofunde, que é o de enfrentamento dessa situação que é real no Município de Porto Alegre, que é a presença dos chamados carros-fortes nos momentos mais inadequados, nas vias públicas, em determinadas artérias de Porto Alegre, criando um verdadeiro caos no que deveria ser o trânsito normal na Cidade. O Ver. Bernardino Vendruscolo, aparteando o Ver. Sebastião Melo, já iniciou um esclarecimento. O Ver. Sebastião Melo, com muita propriedade, disse que não podemos anunciar qual o horário em que os veículos estarão estacionados na via pública cumprindo as suas tarefas de entregar ou recolher valores dos estabelecimentos bancários, o que seria uma contribuição ao assalto, ao meliante, enfim, àquele que ousa atacar os carros-fortes com estroinice de toda ordem e obtendo ali o resultado das suas atividades criminais.

Se nós não podemos e nem devemos alertar e colocar um horário que possa facilitar a atuação do meliante, nós podemos, sim, fazer alguma coisa no sentido de estabelecer o horário em que ele não deve estacionar. Por exemplo, os horários de trânsito mais intenso na Cidade, que são o início da manhã e final da tarde, são os horários que, por incrível que pareça, são escolhidos por esses veículos, provavelmente por facilidade de negócio, para promover o estacionamento. De outro lado, quando o Ver. Sebastião Melo se manifestou, eu me lembrei do seguinte: da mesma forma que a Casa fez com relação às carroças na via pública, nós não precisamos fazer uma determinação legal que tenha que ser aplicada amanhã; que se dê um prazo para o seu ajustamento, porque eu acho que, daqui para diante, nós temos que cuidar, quando licenciamos o estabelecimento bancário, para que ele não seja colocado numa artéria de grande movimentação da Cidade e não vá criar dificuldades para o trânsito normal da cidade de Porto Alegre, dificuldades maiores do que as já existem.

Então, nesta oportunidade, quero dizer que realmente estou comprometido com o Ver. Bernardino Vendruscolo, para nós aprofundarmos... (Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Concluo, Sr. Presidente, a argumentação, dizendo que já me comprometi com o Ver. Bernardino Vendruscolo, para que nos aprofundemos num exame, Ver. Toni - e eu convido V. Exª para se integrar ao nosso grupo -, para propormos uma iniciativa coletiva, como tem sido em vários casos aqui na Casa, para ninguém dizer: “O Fulano se adonou de um assunto”. Se há uma preocupação geral, vamos trabalhar coletivamente sobre isso. Como, aliás, Ver. Bernardino, eu estava me referindo ao compromisso que tenho com V. Exª e convocando outros Vereadores para se somar ao nosso trabalho, no sentido de estudar uma proposta inteligente e consequente com relação ao problema dos carros-fortes na via pública, reafirmando aquilo que já disse para Vossa Excelência: se não devemos dizer o horário em que eles devem estabelecer, porque isso seria facilitar a atuação do meliante, nós podemos dizer o horário em que eles não devem estacionar. Obviamente, temos que estabelecer algumas regras complementares, porque o ideal seria que cada um desses estabelecimentos tivesse um estacionamento próprio onde esses veículos estacionassem. Eu vejo, por exemplo, que, na Rua 24 de Outubro, há vários bancos que têm estacionamento privativo, e eu, como cliente, vou lá e uso, mas o carro-forte não vai para o estacionamento, ele fica na frente, criando transtorno para o desenvolvimento das atividades.

Mas, para não parecer que estou aqui para contrariar algumas posições do Ver. Sebastião Melo, quero dizer que da mesma forma que tenho compromisso com o Ver. Bernardino Vendruscolo e, agora, com o Ver. Toni Proença para avançamos nesse assunto, eu dou o mais amplo apoio à proposta que ele faz de regularização de várias pequenas situações que se encontram há muito tempo pendentes de soluções na cidade de Porto Alegre. Ele falou, e é verdade, no passado eu já subscrevi várias leis que permitiram regularizações isoladas de algumas situações. O Ver. Dib deve lembrar, inclusive, daquele edifício do nosso saudoso amigo Salim: com um Projeto de Lei nosso, apoiados pelo então Presidente da Casa, Vereador do Partido dos Trabalhadores que esteve há pouco dirigindo o Hospital Conceição, o Ver. João Motta, equacionamos a situação. Outras tantas existem em Porto Alegre, então por que não fazer uma regra geral para tudo isso? Estou de acordo neste particular com o Ver. Sebastião Melo e estarei ao seu lado no encaminhamento, que eu espero que se dê o mais rápido possível, para não parecer que vai se tratar esse assunto na antevéspera da eleição e para não permitir que as pessoas façam uso inadequado dos seus efeitos, que devem ser pautados pelo interesse público.

 

O Sr. Sebastião Melo: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Não posso lhe ceder o aparte, pois estou em Liderança, peço desculpas. Ver. Sebastião Melo, os zelosos cumpridores do Regimento nos alertam que está pronto o Projeto, que espera o tempo oportuno para ser votado. Já sei que este Projeto vem de anos anteriores, eu não estava nem aqui na Casa quando foi apresentado. Recebi uma cópia, gostei, apoio, e, se tiver que fazer alguma modificação, que se faça agora e já, enquanto é tempo. Muito obrigado, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Engenheiro Comasseto está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente. A Verª Maria Celeste está com a palavra em Comunicações. (Pausa.) Ausente.

Encerramos o período de Comunicações.

Passamos ao

 

GRANDE EXPEDIENTE

 

O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra em Grande Expediente. (Pausa.) Ausente. A Verª Juliana Brizola está com a palavra em Grande Expediente. (Pausa.) Ausente.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 1876/10 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 013/10, que inclui art. 1º-A na Lei nº 10.805, de 30 de dezembro de 2009, que prorroga a vigência da admissão temporária de excepcional interesse público de agentes comunitários de saúde, consoante preceituam o inc. IX do art. 37 da Constituição Federal e o inc. II do art. 17 da Lei Orgânica do Município, e dá outras providências.

 

PROC. Nº 1497/10 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 008/10, de autoria do Ver. Luiz Braz, que altera a ementa e o caput do art. 1º, ambos da Lei Complementar nº 462, de 18 de janeiro de 2001, alterada pela Lei Complementar nº 523, de 2 de maio de 2005, estendendo a todos estabelecimentos de comércio de alimentos ou congêneres a proibição para construção com área computada superior a 2.500 m² (dois mil e quinhentos metros quadrados).

 

PROC. Nº 2003/10 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 005/10, que altera a redação do § 2º do art. 1º da Lei Complementar nº 605, de 29 de dezembro de 2008, que isenta a pessoa física, jurídica ou equiparada, nacional ou estrangeira, do ISSQN, do IPTU, do ITBI, das Taxas instituídas pelo Município de Porto Alegre e da Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública (CIP), e inclui inc. XXVIII no art. 70 da Lei Complementar nº 7, de 7 de dezembro de 1973.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 1190/10 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 004/10, de autoria do Ver. Dr. Thiago Duarte, que altera o art. 2º da Lei Complementar nº 341, de 17 de janeiro de 1995 – que dispõe sobre o trabalho em regime de plantão de 12 horas X 36 horas na Administração Municipal de dá outras providências –, proibindo os servidores que especifica de ultrapassarem 12 (doze) horas consecutivas de trabalho.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente.

O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu tenho que aplaudir a Casa, porque a Cidade deve estar acima das diferenças políticas. Este Projeto entrou no dia 18, nós estamos no dia 20 e já estamos discutindo a sua Pauta. Por que eu digo isso, Ver. Dib? Esta Casa não tem faltado à Cidade, especialmente em relação à Copa. Ela já se manifestou em algumas vezes, mas lembro que, no dia 29 de dezembro de 2008...

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Só um minutinho, Ver. Sebastião Melo. Solicito a atenção do Plenário; por gentileza, temos um Vereador na tribuna. Por gentileza vamos ouvir o Vereador que está na tribuna. Obrigado.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Ver. Brasinha, V. Exa me dá atenção? Vossa Excelência me dá atenção?

No dia 29 de dezembro de 2008, esta Casa aprovou, na madrugada, Projetos que diziam respeito ao Internacional e ao Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. E eu quero dizer que o único Estado brasileiro, Presidente Tessaro, e Capital brasileira que não têm dinheiro público nos estádios, para receber a Copa, são os estádios de Porto Alegre. Passaram-se, de lá para cá, dezenas de reuniões em que os Prefeitos das capitais brasileiras que vão sediar as Copas foram a Brasília. E, como sempre, este País tem que ser menos Brasília e mais Brasil. Graças a Deus que o Ministro Mantega, a Ministra Dilma e outros Ministros entenderam de resolver a questão das isenções para as construções e reformas dos estádios. E este Projeto só vem para cá, porque ele vem na esteira do Governo Federal, porque não há como fazer uma lei menor se não estou resolvido com a lei maior.

Então, esta Casa, com certeza, vai responder em caráter de urgência, urgentíssima, porque isso vai baratear significativamente as obras da Arena do Grêmio e vai baratear as obras do Internacional.

 

O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Concedo um aparte a V. Exª, Ver. Brasinha.

 

O Sr. Alceu Brasinha: Ver. Sebastião Melo, eu agradeço o aparte. É justamente no esporte que eu gosto muito de atuar, junto ao Grêmio e ao Inter. Não sei se V. Exª já leu o Projeto que está vindo para cá, mas, parece-me, a isenção é só para o Internacional, e isso não pode! Esta Casa jamais pode permitir que isso aconteça! Nós temos que fazer juntamente, porque a Arena do Grêmio vai servir para treinamento da Seleção, enfim, para tudo. Eu acho que não podemos deixar somente o Internacional levar essa isenção. O Grêmio também a merece!

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Ver. Brasinha, eu manuseei o Projeto agora, mas não posso fazer projeto direcionado a uma entidade. Isso é inconstitucional!

 

O Sr. Pedro Ruas: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Concedo um aparte a V. Exª, Ver. Pedro Ruas.

 

O Sr. Pedro Ruas: Sei que o tempo de V. Exª está correndo, então serei breve; falo, ao mesmo tempo, para o Ver. Brasinha. Ver. Sebastião Melo, há uma contradição, e explico que não é dessa forma que o Ver. Brasinha coloca, mas ele tem direito de assim o fazer. Aqui eu saliento: há dinheiro público, mas pelo caminho da isenção. Vossa Excelência tem razão sobre acordo, ele é federal, mas não significa que todos os Vereadores tenham que concordar com o acordo federal. Agora, há dinheiro público via isenção. Obrigado pelo aparte.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, eu solicito Comunicação de Líder, pelo Governo, para que eu possa concluir.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Sebastião Melo tem mais cinco minutos para uma Comunicação de Líder, pelo Governo.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Ver. Pedro Ruas, talvez eu tenha me expressado mal. O que eu quis dizer é que não há dinheiro orçamentário no caso das reformas do Beira-Rio e na construção da Arena do Grêmio. Vossa Excelência tem toda razão! Quando nós permitimos a construção no atual campo do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, dando um regime urbanístico e permitindo que lá sejam construídas dezenove torres com dezenove andares, nós demos àquele local valor econômico usando o Plano Diretor. É verdade o que V. Exª fala, como é verdade que era permitido construir no Estádio dos Eucaliptos dezoito metros de altura, e nós passamos para trinta e três metros! Valorizamos aquela área, que era de quinze milhões, para vinte e cinco milhões, para que o dinheiro seja colocado na cobertura do Beira-Rio. Vossa Excelência tem razão! O que eu quis dizer é que não houve dinheiro orçamentário! Aqui nós estamos falando do ISS, estamos falando do ITBI e estamos falando de um outro imposto municipal...

 

(Aparte antirregimental.)

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Isso, portanto eu considero que ele esteja dentro de um bojo. Quer dizer que o Governo do Estado vai isentar de ICMS todas as compras que dizem respeito à cadeia produtiva que atinja o ICMS; o Governo Federal vai ser atingido naqueles outros impostos que dizem respeito também a qualquer serviço, a qualquer compra. Então isso vai diminuir significativamente os valores.

 

O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Concedo-lhe o aparte, até porque o tempo é de Vossa Excelência.

 

O Sr. Alceu Brasinha: Ver. Sebastião Melo, o Projeto foi votado, nós especificamos a altura, a volumetria; Vossa Excelência era o Presidente. Quero voltar a esse assunto porque estive reunido também com o engenheiro e o diretor da OAS. Já li a minuta desse Projeto, ele vem para cá praticamente isentando só o clube do Internacional, porque é o clube da Copa, é a sede da Copa. Então eu quero voltar a falar sobre isso, porque nós, que vamos ter uma Arena, perfeita, com qualidade... Votaremos isenção apenas para o Internacional? Eu registro que quero isenção também para o clube do Grêmio.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Ver. Brasinha, eu vou responder a V. Exª com o art. 1º, inciso II (Lê.): “As pessoas jurídicas, devidamente credenciadas pelo Município e contratadas por clube de futebol profissional para a construção, ampliação, reforma ou modernização de estádio de futebol e respectivos estacionamento e centro de imprensa, cujas estruturas sejam ou venham a ser declaradas de interesse pelo Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014 (COL-2014) para utilização na Copa do Mundo”. Quer dizer, eu tenho absoluta certeza de que o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense também está dentro disso, porque, se não será utilizado para os jogos da Copa, no mínimo os treinamentos da Copa, a logística da Copa estará também... Mas eu tenho certeza de que o Comitê Organizador da FIFA, sabendo que o futebol mais aguerrido do mundo não está em nenhum outro lugar, está aqui no Rio Grande, vai permitir, quando a Arena do Grêmio estiver pronta, que jogos sejam também feitos na Arena do Grêmio. Tenha absoluta certeza de que o Projeto contempla, não poderia ser diferente, e V. Exª, que é o gremista dos gremistas, tem toda a razão de estar preocupado, mas penso que não logra êxito a sua preocupação frente a esse Projeto.

 

O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Vereador, gostei da explanação de V. Exª, mas eu fico quase com “o pé atrás”, porque, quando o Projeto da Arena veio para ser votado nesta Casa - lembro que trabalhamos intensamente graças à vontade de Vossa Excelência -, havia amigos Vereadores que disseram que iriam pensar a respeito do Projeto. Se votamos o Projeto do Internacional, por que não votar o do Grêmio? Então, quero resguardar e pedir a V. Exª, que me ajuda, que tenhamos essa preocupação com o clube do Grêmio.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: O mundo é feito de dúvidas, ainda bem. As suas dúvidas serão muito bem esclarecidas ao longo deste debate, mas estou convencido de que o Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, esse grande time, que não é o meu time - infelizmente ontem ele não foi bem -, no qual eu reconheço grandes valores não só nos dirigentes, mas na sua brava torcida, com certeza terá novas caminhadas pela frente. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Não há mais inscritos. Nada mais havendo a tratar, convoco os Srs. Vereadores para a 2ª Sessão Extraordinária, a realizar-se logo a seguir. Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 16h14min.)

 

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